A Diabetes Gestacional
Introdução – O que é a Diabetes.
A diabetes é uma doença do metabolismo, causada pela deficiência do hormônio da insulina no sangue. A insulina é fundamental para o nosso organismo, pois regula a entrada da glicose nas células e, quando não é produzida corretamente pelo pâncreas, provoca um aumento de glicose no sangue, processo chamado de hiperglicemia – conhecemos também como alta de açúcar no sangue.
O aumento de glicose no sangue, além de causar outros distúrbios ao corpo, é o caso mais comum de surgimento da diabetes, doença que atinge mais de 6% da população no Brasil, segundo o Ministério da Saúde e o IBGE.
Existem 2 tipos de diabetes
No tipo 1: o sistema imunológico está prejudicado e ataca equivocadamente células endócrinas localizadas no pâncreas, causando o baixo nível da insulina. Com isso, a glicose aumenta e provoca a diabetes.
O tipo 2, é o mais comum entre os pacientes e ocorre quando o organismo não consegue usar a insulina adequadamente ou quando há uma deficiência na produção do hormônio. Cerca de 90% dos casos de diabetes são do tipo 2.
O que é a Diabetes Gestacional?
A Diabetes Gestacional acontece quando os níveis de glicose aumentam durante os meses de gestação. Os principais sintomas e os fatores de risco são muito parecidos com os tipos 1 e 2 da doença. Os principais sintomas são: cansaço, fadiga, fome excessiva e urinar várias vezes ao dia. Seus riscos devem ser observados com muito critério, pois podem perdurar após a gestação e alguns deles são hereditários: obesidade, colesterol alto, ovário policístico, gordura abdominal, casos anteriores de diabetes gestacional, entre outros.
Geralmente, a doença aparece perto do final da gravidez, exatamente quando o bebê precisa de mais nutrição. A mãe começa a consumir mais carboidrato, o que se transforma em açúcar no sangue, a glicose.
Para gestantes diagnosticadas com diabetes, o acompanhamento médico, pré e pós-parto, deve ser ainda mais minucioso. Junto com isso é necessário que se faça melhorias nos hábitos alimentares e comportamentais.
Apesar de não apresentar sintomas graves na maioria dos casos e simplesmente desaparecer depois do parto, a diabetes gestacional deve ser tratada com seriedade, pois pode apresentar riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.
Como identificar e tratar a diabetes gestacional?
O diagnóstico é feito a partir do exame de sangue, que mede os níveis de glicose da gestante. Geralmente, o exame é realizado em três momentos diferentes da gravidez.
Para confirmação do resultado, pode ser solicitado um exame de curva glicêmica para analisar os níveis de glicose ao longo do tempo. A diabetes aparece próximo ao final da gestação e pode se tornar doença crônica para a mãe, caso não tratada.
Para o tratamento a gestante deve ser assistida pelo endocrinologista, pelo obstetra e pelo nutricionista, em conjunto. Recomenda-se para o controle dos níveis de glicose no sangue, a prática de exercícios físicos e hábitos alimentares saudáveis. O consumo de alimentos ricos em açúcares e carboidratos deve ser evitado até o fim da gravidez e no resguardo, pós-parto.
Em casos mais sensíveis, os médicos especialistas recomendam o uso de medicamentos para baixar a glicose no sangue.
Prevenção da diabetes gestacional
A diabetes gestacional nem sempre é causada por maus hábitos da gestante, por isso, nem todos os casos podem ser prevenidos. Em algumas futuras mamães, apenas a desregulação hormonal pode ser capaz de desenvolver a doença.
Porém, seguir algumas recomendações médicas pode ajudar a prevenir a doença e, em certos casos, diminuir as chances da sua forma grave. Se você está grávida, não deixe de realizar o acompanhamento pré-natal, pratique exercícios físicos e alimente-se de forma saudável.
Riscos para a mãe e para o bebê.
A diabetes gestacional apresenta riscos para a mãe e para o bebê. Por isso, o acompanhamento pré-natal é tão importante. Inicie o acompanhamento desde quando ficar sabendo da gravidez.
Para a mãe: parto prematuro, aumento da pressão (pré-eclâmpsia), risco de contrair diabetes tipo 2 a longo prazo, rompimento da bolsa antes da hora do parto, entre outros.
Para o bebê: risco de doenças cardíacas, aumento do risco de obesidade a longo prazo, icterícia e dificuldade para respira ao nascer.
Não se esqueça que o acompanhamento médico durante a gestação é imprescindível e, somente o médico pode ministrar remédios e solicitar exames para a mãe e para o bebê.
Na Clínica Salvere temos profissionais de ginecologia e obstetrícia prontos para cuidar do seu pré-natal e de todo o acompanhamento gestacional. Agende uma consulta conosco.
Fonte: ASBAI – Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Diabetes